março 2023

BI-RADS 0

Introdução: O Atlas BI-RADS (Breast Imaging Reporting and Data System) é uma ferramenta essencial no diagnóstico de câncer de mama, pois padroniza a linguagem e as condutas médicas em relação aos exames das mamas. Neste artigo, vamos explicar o que é o BI-RADS, sua importância e como ele funciona na prática.

https://www.youtube.com/watch?v=s6DNFlWjPR4

O que é o Atlas BI-RADS?
O Atlas BI-RADS foi desenvolvido para uniformizar a linguagem usada no diagnóstico dos achados em exames das mamas, como mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética.

A padronização tem como objetivo reduzir confusões na interpretação e recomendação de condutas a serem tomadas, permitir a auditoria dos serviços de rastreamento e diagnóstico do câncer de mama, além de otimizar o tempo de avaliação da imagem e diminuir as distrações durante a análise.

Antes do BI-RADS, não havia uma padronização no processo de interpretação e recomendação de condutas, o que poderia levar a inconsistências nos diagnósticos e tratamentos. Com o advento do BI-RADS, essa padronização foi estabelecida, garantindo maior confiabilidade e eficácia no processo diagnóstico.

Como funciona o BI-RADS na prática?
Atualmente, todo paciente que realiza exames das mamas deve receber um laudo baseado nos critérios do BI-RADS. Essa classificação auxilia os médicos a identificar e comunicar os achados de maneira clara e objetiva, facilitando o entendimento tanto pelos profissionais de saúde quanto pelos pacientes.

Um exemplo de classificação é o BI-RADS 0, que indica uma avaliação incompleta. Nesses casos, são necessários exames complementares, como novas incidências mamográficas ou ultrassonografia, para obter um diagnóstico mais preciso.

Importância do Atlas BI-RADS no diagnóstico de câncer de mama
A padronização proporcionada pelo Atlas BI-RADS é crucial para garantir a qualidade e a eficiência no diagnóstico do câncer de mama. Ao seguir esse sistema, os profissionais de saúde podem:

1. Reduzir confusões e inconsistências na interpretação dos exames;
2. Facilitar a comunicação entre médicos e pacientes;
3. Permitir a auditoria e o monitoramento dos serviços de rastreamento e diagnóstico; 4. Otimizar o tempo de avaliação das imagens;
4. Diminuir distrações durante a análise dos exames.
5. Com o BI-RADS, os pacientes têm acesso a um diagnóstico mais preciso e confiável, o que pode levar a um tratamento mais eficaz e melhores resultados. Além disso, o sistema facilita o entendimento e a comunicação entre médicos e pacientes, permitindo uma discussão mais clara sobre os achados e as condutas a serem tomadas.

Conclusão
O Atlas BI-RADS é uma ferramenta essencial no diagnóstico de câncer de mama, que padroniza a linguagem e as condutas médicas em relação aos exames das mamas. Essa padronização é benéfica tanto para os profissionais de saúde quanto para os pacientes, garantindo maior confiabilidade e eficácia no processo diagnóstico e tratamento do câncer de mama.

Se você vai realizar exames das mamas, fique atento ao laudo e à classificação BI-RADS (BI-RADS 0). Em caso de dúvidas, não hesite em conversar com seu médico para entender melhor os resultados e discutir as próximas etapas do tratamento.

by bruno.brassioli

BI-RADS 6

No BI-RADS 6 a paciente já tem o diagnóstico de câncer da lesão avaliada, porém ainda não foi submetida ao tratamento cirúrgico. É comum nas pacientes que estão sendo submetidas a quimioterapia neoadjuvante (ante da cirurgia) e repetem exames das mamas para programar a cirurgia.

Se você vai realizar exames das mamas, fique atento ao laudo e à classificação BI-RADS (BI-RADS 6). Em caso de dúvidas, não hesite em conversar com seu médico para entender melhor os resultados e discutir as próximas etapas do tratamento.

by bruno.brassioli

BI-RADS 5

No caso da classificação BI-RADS 5, o paciente recebe um laudo indicando que há presença de uma lesão altamente suspeita de ser maligna (probabilidade de 95%). É recomendado que a paciente realize biópsia para confirmar se a lesão é maligna ou não.

Se você vai realizar exames das mamas, fique atento ao laudo e à classificação BI-RADS (BI-RADS 5). Em caso de dúvidas, não hesite em conversar com seu médico para entender melhor os resultados e discutir as próximas etapas do tratamento.

by bruno.brassioli

BI-RADS 4

No caso da classificação BI-RADS 4, o paciente recebe um laudo indicando que há presença de uma lesão suspeita de ser maligna. A subdivisão baseia-se na porcentagem de malignidade da lesão (4a até 10% de malignidade, 4b até 50% de malignidade e 4c até 90% de malignidade). É recomendado que a paciente realize biópsia para confirmar se a lesão é maligna ou não.

Se você vai realizar exames das mamas, fique atento ao laudo e à classificação BI-RADS (BI-RADS 4). Em caso de dúvidas, não hesite em conversar com seu médico para entender melhor os resultados e discutir as próximas etapas do tratamento.

by bruno.brassioli

BI-RADS 3

No caso da classificação BI-RADS 3, o paciente recebe um laudo indicando que há presença de uma lesão suspeita de ser maligna, mas com baixo risco de malignidade (2%). É recomendado que a paciente realize novo exame da mama que apresenta o achado em 6 meses para avaliar se houve alguma modificação na lesão. O exame a ser realizado é o mesmo que detectou a lesão.

Se você vai realizar exames das mamas, fique atento ao laudo e à classificação BI-RADS (BI-RADS 3). Em caso de dúvidas, não hesite em conversar com seu médico para entender melhor os resultados e discutir as próximas etapas do tratamento.

by bruno.brassioli

BI-RADS 2

No caso da classificação BI-RADS 2, o paciente recebe um laudo indicando que há presença de alterações benignas nas mamas, que não indicam a presença de câncer. Essas alterações podem ser cistos ou calcificações, por exemplo. No rastreamento mamário para câncer de mama novo exame de mamografia deve ser realizado em 1 ano.

Se você vai realizar exames das mamas, fique atento ao laudo e à classificação BI-RADS (BI-RADS 2). Em caso de dúvidas, não hesite em conversar com seu médico para entender melhor os resultados e discutir as próximas etapas do tratamento.

by bruno.brassioli

BI-RADS 1

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No caso da classificação BI-RADS 1, o paciente recebe um laudo indicando que não há presença de alterações nas mamas. Essa classificação é considerada normal e não requer nenhum exame complementar. No rastreamento mamário para câncer de mama novo exame de mamografia deve ser realizado em 1 ano.

Se você vai realizar exames das mamas, fique atento ao laudo e à classificação BI-RADS (BI-RADS 1). Em caso de dúvidas, não hesite em conversar com seu médico para entender melhor os resultados e discutir as próximas etapas do tratamento.

by bruno.brassioli

Cirurgias Mamárias

Nos dias atuais, salvo raras exceções, o tratamento cirúrgico ainda é mandatório em pacientes acometidas por câncer de mama. As cirurgias mamárias visam ressecar o tumor com margens livres, ou seja, o tecido ao redor da lesão não pode estar acometido pela doença.

Basicamente dividimos as cirurgias em radicais e conservadoras. No caso das radicais, a mastectomia e suas variações, consistem na retirada de todo o tecido glandular mamário, com ou sem preservação de pele e/ou pele, aréola e mamilo. Já a cirurgia conservadora, chamada de quadrantectomia, setorectomia ou ressecção segmentar, visa a retirada do tumor com margens livres e preservação do tecido mamário remanescente. De modo geral a cirurgia conservadora é seguida de radioterapia.

Não havendo contraindicações, as condições oncológicas permitindo e a paciente concordando, a cirurgia conservadora é o tratamento de escolha. Isso porque inúmeros estudos demonstram segurança oncológica e impacto positivo quando se preserva a mama – propiciando boa recuperação, maior aderência ao tratamento, satisfação pessoal e ganhos na autoestima, relacionamento e convívio social.

Em algumas situações durante a cirurgia conservadora teremos que lançar mão da reparação mamária (reconstrução parcial) com o próprio tecido mamário remanescente ou tecidos ao redor da mama (oncoplastia) para assegurar um bom resultado cosmético.

No caso das pacientes que são candidatas a mastectomias, sempre que possível deveremos realizar a reconstrução mamária imediata, pois além de trazer inúmeros benefícios para as pacientes em relação a qualidade de vida, não atrapalham o tratamento oncológico e tecnicamente são mais fáceis de serem realizadas se comparadas a reconstrução tardia.

by bruno.brassioli

O que é a Mastectomia?

Entende-se por mastectomia a retirada do tecido glandular mamário. Hoje, sempre que possível e diferentemente de quando foi descrita a técnica, preserva-se a pele, aréola e mamilo ou apenas a pele. Desde que o tumor não comprometa e não esteja muito próximo da pele, aréola e mamilo (AM), eles poderão ser preservados com segurança sob o ponto de vista oncológico. Deve-se levar em consideração também na decisão ou não de preservar as estruturas citadas, a forma e volume mamário. Mamas muito grandes e com graus de ptose acentuados (queda da aréola e mamilo) são fatores de riscos para complicações como necrose de pele e AM. A preservação do envelope cutâneo e AM além de facilitarem tecnicamente a reconstrução mamária trazem benefícios psicossociais para as pacientes.

by bruno.brassioli

Lesões mamárias com atipia

A lesões mamárias com atipias são também conhecidas por hiperplasia atípica. Trata-se de lesões benignas de mama que aumentam o risco de desenvolvimento de câncer de mama, também chamadas de lesões pré-cancerígenas.

As hiperplasias atípicas são a primeira parte da transformação de uma célula mamária normal em câncer. Isto não significa que toda pessoa com este problema terá a doença no futuro, mas a presença deste tipo de lesão aumenta o risco em 4 vezes. O risco normal de aparecimento de câncer em uma mulher de 50 anos é de cerca de 5% em 20 anos, enquanto aquelas com lesões com atipias terão cerca de 20%.

A quase totalidade dos casos não apresenta sintomas e o diagnóstico ocorre através de achados incidentais (inesperados) em mulheres que fazem a mamografia anual. Este é mais um ponto que demonstra a necessidade deste exame anualmente em mulheres com mais que 40 anos.

O diagnóstico de lesão mamária com atipia geralmente acontece após exames de rotina, geralmente na mamografia anual. Este tipo de alteração é silenciosa na imensa maioria das vezes, não causando nenhum sintoma na paciente.

A confirmação do quadro ocorre inicialmente pela biópsia com agulha (core-biópsia/trocarte ou mamotomia). No entanto, este diagnóstico pode ser incompleto. Algumas lesões cancerígenas têm partes que ainda não se transformaram e estão ainda na fase da atipia. Caso a agulha da biópsia retire apenas fragmentos desta parte, poderia acontecer um diagnóstico errado, ou, subestimado.

Sendo assim, a quase totalidade das pacientes com diagnóstico de hiperplasia atípica deve ser submetida à uma pequena cirurgia para retirar a área ao redor da biópsia. Com isso, fica possível saber se existe ou não câncer de mama associado ao quadro.

As pessoas que apresentam apenas lesões com atipias após estas duas etapas não devem ser consideradas doentes, mas como indivíduos de alto risco para câncer de mama. Numa analogia às doenças cardiovasculares, seria como ter colesterol alto. Ou seja, aumenta o risco, mas não significa obrigatoriamente que desenvolverá a doença.

Existem várias estratégias para a redução do risco de câncer de mama. De modo geral, as pessoas com hiperplasia atípica têm indicação de medicamentos que reduzem a ação do hormônio feminino na mama e, com isso, diminuem o risco de câncer de mama.

Em resumo, trata-se de um problema benigno, que aumenta o risco de câncer de mama e as suas portadoras devem ser encaminhadas para orientação preventiva. No entanto, antes de iniciar qualquer destas medidas, deve-se ter certeza que não existe nada mais grave associado ao quadro.

by bruno.brassioli

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