Receptores hormonais (RE, RP)
O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres em todo o mundo. A maioria dos cânceres de mama tem origem nas células que revestem os ductos mamários ou nos lóbulos glandulares da mama, que produzem o leite. No entanto, existem diferentes subtipos de câncer de mama, que variam em termos de suas características moleculares e de como respondem ao tratamento.
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A imuno-histoquímica é uma técnica usada para identificar moléculas específicas em tecidos, como proteínas, hormônios e receptores. No caso do câncer de mama, a imuno-histoquímica é frequentemente usada para identificar as proteínas presentes nas células cancerosas, incluindo os receptores hormonais (estrogênio e progesterona) e o receptor HER2.
Através da imuno-histoquímica, os patologistas podem determinar se as células do câncer de mama são positivas ou negativas para esses receptores. Se as células do câncer de mama são positivas para os receptores hormonais, isso significa que o tumor está respondendo aos hormônios femininos, o que pode afetar as opções de tratamento.
Os receptores hormonais RE e RP são importantes para o diagnóstico e tratamento do câncer de mama. Quando as células do câncer de mama expressam esses receptores, significa que elas podem ser estimuladas a crescer e se dividir pelos hormônios sexuais femininos estrogênio e progesterona. Por outro lado, os tumores que não possuem esses receptores são denominados receptor hormonal negativo (ou ER-/PR-) e não são estimulados por esses hormônios.
Os testes para RE e RP são realizados através de técnicas de imuno-histoquímica, em que uma amostra do tecido tumoral é analisada para determinar a presença desses receptores. Se o teste é positivo para RE e/ou RP, o câncer é denominado receptor hormonal positivo.
O status dos receptores hormonais é um importante fator a ser considerado no tratamento do câncer de mama. O câncer de mama receptor hormonal positivo é tratado com terapia hormonal, que inclui o uso de medicamentos que bloqueiam a ação dos hormônios sexuais femininos, impedindo que eles estimulem as células tumorais a crescer e se dividir.
Os medicamentos mais comumente usados para tratar o câncer de mama receptor hormonal positivo são o tamoxifeno, inibidores da aromatase e moduladores seletivos do receptor de estrogênio (SERMs). O tratamento hormonal pode ser usado como terapia adjuvante após a cirurgia, para reduzir o risco de recorrência, ou como tratamento de primeira linha em pacientes com câncer de mama metastático.
É importante lembrar que cada caso de câncer de mama é único e o tratamento deve ser individualizado para cada paciente. A presença de RE e RP é apenas um dos muitos fatores a serem considerados ao escolher o melhor tratamento para cada caso. A decisão sobre o tratamento deve ser feita em conjunto entre o médico e o paciente, levando em consideração as características específicas do tumor, o estágio da doença e a saúde geral do paciente.
HER-2
Ao contrário do que alguns possam pensar, o câncer de mama não é uma doença única.
Através de um exame feito com o material da biópsia, a imuno-histoquímica, os patologistas podem determinar se as células do câncer de mama são positivas ou negativas para esses receptores hormonais (receptor de estrógeno e progesterona), Ki-67 (avalia a proliferação do tumor o Her-2.
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Os tumores HER2-positivos de mama são aqueles que apresentam níveis elevados da proteína HER2 (receptor do fator de crescimento epidérmico humano 2). O HER2 é um receptor de superfície celular que é importante para a sinalização das células de crescimento e divisão. No entanto, quando há uma quantidade excessiva de HER2, as células de câncer de mama podem crescer e se dividir mais rapidamente do que o normal, o que pode levar a um câncer mais agressivo e com maior probabilidade de recorrência.
Aproximadamente 15-20% dos casos de câncer de mama são HER2-positivos. O teste para HER2 é geralmente realizado durante a biópsia ou cirurgia do tumor de mama para determinar se as células do câncer de mama expressam altos níveis de HER2. Se o teste for positivo, isso pode influenciar as opções de tratamento para o câncer de mama.
Os tratamentos para o câncer de mama HER2-positivo podem incluir terapia direcionada, como o trastuzumabe (Herceptin), pertuzumabe (Perjeta), TDM1 (Kadcyla), trastuzumabe deruxtecano (Enhertu) ou a combinação desses medicamentos com quimioterapia ou terapia hormonal, dependendo das características do tumor e do estágio da doença.
Os inibidores do HER2 são projetados para se ligar às células do câncer de mama que expressam altos níveis de HER2 e inibir a sinalização de crescimento celular, reduzindo assim a proliferação de células cancerosas. Esses medicamentos são altamente eficazes no tratamento do câncer de mama HER2-positivo e têm melhorado significativamente a sobrevida e a qualidade de vida das pacientes.
É importante observar que o tratamento para o câncer de mama HER2-positivo é altamente personalizado e pode variar de acordo com o estágio da doença e as características específicas do tumor. Portanto, é importante discutir todas as opções de tratamento com o médico para encontrar o melhor plano de cuidados para cada paciente.
KI-67
A imuno-histoquímica é uma técnica usada para identificar moléculas específicas em tecidos, como proteínas, hormônios e receptores. No caso do câncer de câncer de mama, a imuno-histoquímica é frequentemente usada para identificar as proteínas presentes nas células cancerosas, incluindo os receptores hormonais (estrogênio e progesterona) receptor HER2 e o Ki67.
Através da imuno-histoquímica, os patologistas podem determinar se as células do câncer de mama são positivas ou negativas para esses receptores. Se as células do câncer de mama são positivas para os receptores hormonais, isso significa que o tumor está respondendo aos hormônios femininos, o que pode ajudar a decidir as opções de tratamento.
Se as células do câncer de mama são positivas para o receptor HER2, isso significa que o tumor está expressando altos níveis desta proteína, o que pode ser associado com um câncer mais agressivo. A identificação desses receptores através da imuno-histoquímica é importante porque eles são alvos para terapias específicas, como terapias hormonais e terapias direcionadas ao HER2.
Além disso, a imuno-histoquímica também pode ser usada para identificar outras proteínas e marcadores que ajudam a determinar o prognóstico e o tratamento do câncer de mama, como o Ki-67, que mede a taxa de divisão celular. Assim KI-67 mais altos significam que o tumor tem uma replicação ou melhor uma proliferação mais rápida e portanto é mais agressivo. Habitualmente usa-se a medida em porcentagem do KI-67 variando de 0 a 100%.
O teste de Ki-67 é geralmente realizado em conjunto com outros testes, como testes de receptores hormonais e HER2, para ajudar a determinar o tipo de câncer de mama que o paciente tem. Se o câncer de mama é positivo para o receptor hormonal (estrogênio ou progesterona) ou para o HER2, isso pode afetar as opções de tratamento.
O tratamento para o câncer de mama pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia hormonal ou terapia direcionada. O resultado do teste de Ki-67 pode ajudar a orientar a escolha do tratamento e determinar a intensidade da terapia que o paciente receberá.
No entanto, é importante ressaltar que o índice de Ki-67 não é o único fator que os médicos levam em consideração para determinar o prognóstico e o tratamento do câncer de mama. Outros fatores, como a idade do paciente, o tamanho e a localização do tumor, bem como a presença de metástases, também devem ser considerados. Por isso, é fundamental que o paciente discuta todas as opções de tratamento com o médico e tome uma decisão informada sobre o seu cuidado médico.
Carcinoma lobular invasivo da mama
O carcinoma lobular invasivo da mama é um tipo de câncer de mama que começa nas células do tecido mamário e invade tecidos adjacentes. É tratado geralmente com cirurgia para remover o tumor, seguida por radioterapia, quimioterapia ou terapia hormonal, dependendo da idade, saúde geral da pessoa e estágio do câncer. Em alguns casos, também pode ser recomendada a retirada da mama inteira (mastectomia). É importante consultar um mastologista para avaliar as opções de tratamento mais apropriadas.
Os tumores são geralmente formados por células cancerosas uniformes e organizadas, com uma aparência diferente da do carcinoma ductal invasivo, que é mais comum. O carcinoma lobular invasivo da mama pode ser diagnosticado com uma biópsia por agulha (biópsia percutânea) ou cirurgia (biópsia excisional ou cirúrgica).
Este tipo de tumor costuma ser pouco visto na mamografia e tem uma quantidade maior de focos tumorais (multicentricidade).
O carcinoma lobular invasivo da mama pode ser classificado em diferentes estágios, dependendo da quantidade de tecido canceroso presente e da invasão em outros tecidos. O estágio do câncer é importante para determinar o tratamento mais adequado.
Em geral, quanto mais cedo o carcinoma lobular invasivo da mama for detectado e tratado, maiores são as chances de cura. Por isso, é importante fazer exames de rotina e procurar um médico imediatamente se houver qualquer sinal ou sintoma de câncer de mama.
A cirurgia para remover o tumor é o tratamento mais comum para o carcinoma lobular invasivo da mama. O tipo de cirurgia depende do tamanho e localização do tumor, bem como da saúde geral da pessoa e preferências pessoais. As opções incluem quadrantectomia (remoção do tumor e uma pequena área de tecido circundante saudável) ou mastectomia (remoção da mama inteira).
Depois da cirurgia, a radioterapia pode ser recomendada para reduzir o risco de recorrência do câncer. A quimioterapia pode ser usada para destruir as células cancerosas que ainda podem estar presentes no corpo. A terapia hormonal, como a terapia de bloqueio de estrógeno, pode ser recomendada para mulheres cujos tumores são sensíveis aos níveis de estrógeno no corpo.
O tratamento do carcinoma lobular invasivo da mama também pode incluir outras terapias complementares, como a terapia alvo. Outra recomendação envolve cuidados com a saúde geral, incluindo alimentação saudável e controle do peso.
Lembrando que o tratamento do carcinoma lobular invasivo da mama é personalizado para cada pessoa e é importante consultar um mastologista para avaliar as opções de tratamento mais apropriadas.
Carcinoma ductal invasivo de mama
O carcinoma ductal invasivo de mama é uma condição onde as células cancerosas se desenvolvem dentro dos ductos mamários (ou lactíferos) e invadem tecidos adjacentes da mama, incluindo a gordura e o tecido conjuntivo.
Felizmente, a maioria dos casos detectados inicialmente têm taxas de cura muito elevadas, superando 95%. A prevenção e detecção precoce são as melhores maneiras de tratar com sucesso o câncer de mama.
Os sintomas incluem uma massa na mama, alterações na forma ou aparência da mama, secreção pelo mamilo, vermelhidão ou inchaço da mama, mudanças na pele da mama, entre outros. No entanto, na maior parte das vezes, a doença é silenciosa e não causa nenhum sintoma, por isso é importante que se faça mamografia de rotina anualmente após os 40 anos.
O diagnóstico pode ser feito através de exames de imagem, como mamografia, ultrassom ou ressonância magnética, e é confirmado com uma biópsia percutânea (feita através de agulha).
O tratamento para o carcinoma ductal invasivo de mama pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia-alvo, entre outros. O tipo de tratamento depende da idade, saúde geral, estágio do câncer e outros fatores individualizados.
O carcinoma ductal invasivo de mama pode ser classificado em vários estágios, dependendo do tamanho e da extensão do câncer. O estágio 0 é conhecido como carcinoma ductal in situ e significa que o câncer está confinado dentro dos ductos mamários. Já o estágio IV é o mais avançado, com o câncer que se espalhou para outros órgãos distantes do corpo.
A cirurgia é um dos tratamentos mais comuns para o carcinoma ductal invasivo de mama e pode incluir a remoção total ou parcial da mama afetada (mastectomia) ou a remoção apenas da massa cancerosa (quadrantectomia ou setorectomia ou, simplesmente, cirurgia conservadora de mama).
A radioterapia é outro tratamento comum e consiste na exposição a radiação ionizante para destruir as células cancerosas.
Os tratamentos medicamentosos podem incluir a quimioterapia, a terapia endócrina (bloqueio hormonal), a terapia alvo e a imunoterapia. A escolha destes tratamentos depende de fatores pessoais da paciente e das características do tumor e sempre varia de pessoa a pessoa.
A quimioterapia é um tratamento sistêmico que utiliza medicamentos para matar as células cancerosas e prevenir o crescimento celular.
A terapia-alvo é uma forma de tratamento que visa especificamente as características únicas das células cancerosas e pode ser usada em combinação com outros tratamentos ou sozinha.
A terapia endócrina é uma opção para mulheres cujo câncer é sensível aos hormônios. Esta terapia pode incluir medicamentos que bloqueiam a produção de hormônios ou medicamentos que inibem a ação dos hormônios no corpo.
Finalmente a imunoterapia estimula as células de defesa do organismo (glóbulos brancos) a combaterem o câncer.
É importante destacar que o tratamento para o carcinoma ductal invasivo de mama é personalizado para cada paciente e pode incluir uma combinação de vários tratamentos, dependendo do estágio e das características do câncer. Além disso, o acompanhamento e o acompanhamento regular com o médico são importantes para garantir a melhor chance de recuperação.
Câncer de mama metastático
O câncer de mama metastático é o termo usado para descrever o câncer de mama que se espalhou para outras partes do corpo, como os ossos, fígado, pulmões ou cérebro. É também conhecido como câncer de mama avançado ou câncer de mama em estágio IV.
Trata-se de doença crônica e progressiva que não tem cura. No entanto, isto não quer dizer a doença seja sempre letal, pois o tratamento pode controlar o crescimento e a disseminação do câncer, prolongando a vida indefinidamente.
O objetivo do tratamento para o câncer de mama metastático é prolongar a vida, aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Isso pode ser alcançado por meio de diversas abordagens, incluindo cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia hormonal, terapia-alvo, imunoterapia e terapias direcionadas.
A abordagem de tratamento é personalizada para cada paciente, levando em conta sua idade, saúde geral, histórico médico e outros fatores. O tratamento é geralmente prolongado e requer um acompanhamento cuidadoso por um médico especialista em câncer de mama.
Além da cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia hormonal e terapia-alvo, há outros tratamentos disponíveis para o câncer de mama metastático, incluindo imunoterapia e terapias direcionadas. A imunoterapia é uma abordagem nova que ajuda o sistema imunológico do corpo a combater o câncer. Já as terapias direcionadas visam tratar o câncer de mama metastático de uma forma mais específica, bloqueando ou inibindo os fatores que permitem que as células cancerosas cresçam e se espalhem.
Além disso, existem opções de tratamento paliativo disponíveis para ajudar a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes, mesmo se a cura não for mais possível.
Também existem opções de tratamento complementar, como fisioterapia, terapia ocupacional e psicoterapia, que podem ajudar os pacientes a lidar com os efeitos colaterais do tratamento e melhorar sua qualidade de vida.
Finalmente, um dos pontos mais importante é as pacientes mantenham sua esperança e busquem apoio de sua família, amigos e grupos de apoio para lidar com a doença.
Vale lembrar que a prevenção e o tratamento precoce do câncer de mama são importantes para diminuir o risco de metástase e melhorar o prognóstico dos pacientes. É importante ter um diagnóstico preciso e uma avaliação frequente da saúde, incluindo mamografias regulares, para detectar o câncer de mama o mais cedo possível.
O acompanhamento cuidadoso por um médico especialista em câncer de mama é crucial para garantir o melhor tratamento possível. É importante que os pacientes compartilhem informações detalhadas sobre seus sintomas, histórico médico e tratamentos anteriores com seu médico, a fim de ajudá-lo a fazer as escolhas mais informadas sobre o tratamento.
Em geral, o tratamento para o câncer de mama metastático é uma combinação de abordagens que visam controlar o crescimento e a disseminação do câncer, aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Subtipos tumorais
Ao contrário do que alguns possam pensar, o câncer de mama não é uma doença única. Os mais comuns são o carcinoma ductal in situ, considerado não invasivo, o ductal invasivo, que inicia nos ductos mamários, e o lobular invasivo, que atinge os lóbulos, ou glândulas produtoras de leite. Estes subtipos descritos se baseiam na morfologia identificada no microscópio.
Conheça os subtipos de câncer de mama
Além das características citadas acima, que determinam o tipo histológico da doença, existe a classificação chamada molecular do câncer de mama que é baseada em achados específicos no tumor como proteínas chamadas receptores hormonais (estrogênio e/ou progesterona), de proteína HER-2 e também do índice de proliferação (habitualmente medida em porcentagem por uma proteína chamada KI67). Utilizamos hoje a imuno-histoquímica para identificar estas proteínas e assim podermos classificar a doença.
Estas informações nos auxiliam na melhor conduta de tratamento a ser aplicada nas pacientes.
Os 4 subtipos clássicos do câncer de mama são:
- Luminal A, que apresenta receptores de estrogênio e progesterona positivos e possui crescimento mais lento;
- Luminal B, subtipo que também é receptor hormonal como o Luminal A, porém apresenta crescimento rápido;
- HER-2, tumor que têm a expressão da proteína HER-2 em grande quantidade, podendo ou não apresentar receptores hormonais;
- Triplo negativo, subtipo que não é receptor hormonal e nem possui a expressão da proteína HER-2. A doença atinge comumente mulheres mais jovens e seu crescimento é acelerado.
Um novo subtipo de câncer de mama está sendo bastante discutido atualmente é o chamado de HER-2 “low” ou HER-2 de baixa expressão que seriam aqueles casos em que a expressão de HER-2 é incompleta ou baixa. Este grupo ganhou bastante notoriedade devido ao descobrimento de medicamentos que funcionam no tratamento da doença metastática levantando a discussão de criar-se um novo subgrupo.
A importância da classificação do câncer de mama para a conduta médica
Hoje não basta apenas sabermos se o nódulo é maligno ou benigno precisamos sim saber qual é a agressividade do tumor e para isto a subdivisão nos permite programar o tratamento.
Além dos subtipos o estadiamento é fundamental. O estadiamento nos diz qual é o comprometimento da doença como localização, se disseminou, e se está afetando as funções de outros órgãos do corpo. Conhecer o estágio do tumor ajuda na definição do tipo de tratamento e o prognóstico da paciente.
Portanto tumores mais agressivos e com estadiamento avançado são habitualmente tratados com quimioterapia e depois avaliados para cirurgia. Já os tumores menores e menos agressivos habitualmente começam com tratamento cirúrgico e depois avaliados para outros tratamentos.