A mamografia é o exame que permite a identificação precoce do câncer de mama, o segundo tipo de câncer mais frequente entre as mulheres. O exame é feito em um aparelho que comprime as mamas (mamógrafo) e a seguir é realizada uma exposição ao RX e então a imagem obtida é analisada. A mamografia alta resolução e fornece imagens detalhadas capazes de identificar precocemente o câncer de mama, antes mesmo que a mulher tenha sintomas.
O exame de mamografia é utilizado normalmente em duas situações:
Mamografia de rastreamento
Estima-se que de 1 a cada 12 mulheres sem fatores de risco importantes possam desenvolvem o câncer de mama em algum momento da vida se viverem até os 80 anos. A mamografia de rastreamento é utilizada para este grupo de mulheres a fim de se identificar alterações antes que se qualquer sintoma seja percebido. Os estudos realizados com mamografia mostram que quem realiza o exame periodicamente tem uma chance cerca de 30% maior de cura do câncer de mama caso venha a ser acometida pela doença, além de diminuir a necessidade de uma cirurgia mais agressiva (mastectomia).
O intervalo de rastreamento considerado adequado pela a maior parte dos estudos é anual (fazer o exame todos os anos) a partir dos 40 anos para as mulheres com risco habitual. Para as pacientes de alto risco o início deve ser aos 35 anos ou ainda 10 anos antes do parente de primeiro grau acometido e nunca antes dos 25 anos. Há uma discussão sobre quando devemos parar de se fazer o rastreamento, a maior parte dos consensos recomenda 70/75 anos ou ainda quando a expectativa de vida for maior que 8 anos.
Mamografia diagnóstica
A mamografia diagnóstica é utilizada quando há uma suspeita clínica ou por exames de imagem de câncer de mama. Nesta situação o exame nos ajuda a identificar melhor os achados e, nos casos em que o câncer é confirmado a mamografia nos ajuda a entender a real extensão da doença facilitando a programação cirúrgica ou de tratamento neoadjuvante (antes da cirurgia).
Atualmente a mamografia que antes era revelada em filmes passou a ser feita de maneira digital facilitando tanto a aquisição da imagem como o armazenamento e laudos pelos médicos. A maior parte dos laboratórios já possuem a técnica digital que é comprovadamente melhor para as pacientes que apresentam mamas densas (com mais tecido fibroglandular).
Uma outra evolução da mamografia é a tomossíntese que nada mais é uma mamografia digital aperfeiçoada. O processo de aquisição da imagem na tomossíntese é o mesmo que numa mamografia comum, porém o aparelho faz uma tomografia da mama permitindo que eventuais sobreposições de imagem sejam identificadas sem a necessidade de novas aquisições. Muitos laboratórios e hospitais já estão realizando este exame.
É importante alertar para as mulheres que fazem mamografia de rastreamento que eventualmente alguma imagem adicional pode ser necessária e como nem sempre o exame é visto pelo médico na mesma hora o laboratório pode ligar depois de alguns dias chamando a pessoa para se realizar um complemento. Esta ligação pode causar bastante estresse para as pacientes e é importante ressaltar que na maior parte das vezes, apesar desta imagem adicional o exame será normal, não correspondendo a achado que necessite de biópsia.
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