Ao contrário do que alguns possam pensar, o câncer de mama não é uma doença única.  Os mais comuns são o carcinoma ductal in situ, considerado não invasivo, o ductal invasivo, que inicia nos ductos mamários, e o lobular invasivo, que atinge os lóbulos, ou glândulas produtoras de leite. Estes subtipos descritos se baseiam na morfologia identificada no microscópio.

Conheça os subtipos de câncer de mama

Além das características citadas acima, que determinam o tipo histológico da doença, existe a classificação chamada molecular do câncer de mama que é baseada em achados específicos no tumor como proteínas chamadas receptores hormonais (estrogênio e/ou progesterona), de proteína HER-2 e também do índice de proliferação (habitualmente medida em porcentagem por uma proteína chamada KI67). Utilizamos hoje a imuno-histoquímica para identificar estas proteínas e assim podermos classificar a doença.

Estas informações nos auxiliam na melhor conduta de tratamento a ser aplicada nas pacientes.

Os 4 subtipos clássicos do câncer de mama são:

  • Luminal A, que apresenta receptores de estrogênio e progesterona positivos e possui crescimento mais lento;
  • Luminal B, subtipo que também é receptor hormonal como o Luminal A, porém apresenta crescimento rápido;
  • HER-2, tumor que têm a expressão da proteína HER-2 em grande quantidade, podendo ou não apresentar receptores hormonais;
  • Triplo negativo, subtipo que não é receptor hormonal e nem possui a expressão da proteína HER-2. A doença atinge comumente mulheres mais jovens e seu crescimento é acelerado.

Um novo subtipo de câncer de mama está sendo bastante discutido atualmente é o chamado de HER-2 “low” ou HER-2 de baixa expressão que seriam aqueles casos em que a expressão de HER-2 é incompleta ou baixa. Este grupo ganhou bastante notoriedade devido ao descobrimento de medicamentos que funcionam no tratamento da doença metastática levantando a discussão de criar-se um novo subgrupo.

A importância da classificação do câncer de mama para a conduta médica

Hoje não basta apenas sabermos se o nódulo é maligno ou benigno precisamos sim saber qual é a agressividade do tumor e para isto a subdivisão nos permite programar o tratamento.

Além dos subtipos o estadiamento é fundamental. O estadiamento nos diz qual é o comprometimento da doença como localização, se disseminou, e se está afetando as funções de outros órgãos do corpo. Conhecer o estágio do tumor ajuda na definição do tipo de tratamento e o prognóstico da paciente.

Portanto tumores mais agressivos e com estadiamento avançado são habitualmente tratados com quimioterapia e depois avaliados para cirurgia. Já os tumores menores e menos agressivos habitualmente começam com tratamento cirúrgico e depois avaliados para outros tratamentos.

Fale com a gente

Entre em contato e fale com nossos especialistas